A sopa de letrinhas do Social Content.
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conteúdo para mídias sociais ainda significa produzir posts? Se sua resposta foi sim, talvez sua marca não esteja aproveitando todo o potencial dessas plataformas. Investiguei seis tipos de conteúdo: FGC, UGC, FUGC, IGC, SCRM e ALN. Se essas siglas são novas para você, vem comigo.
FGC – Firm-Generated-Content
Este é o conteúdo mais tradicional, onde as marcas criam conteúdos para suas próprias páginas. Apesar dos debates acadêmicos se ainda faz sentido ou não, a maioria dos estudos aponta que sim. Um estudo² comparou semanas com e sem postagens. Nos dias com postagens, os resultados foram positivos:
- Gastos dos clientes: +18%
- Compras cruzadas por cliente: +21%
- Lucro por cliente: +23%
No entanto, vale destacar que, no estudo, os resultados com este tipo de conteúdo foram menores do que com anúncios em TV e Email.
UGC – User Generated Content
Também chamado de “EWOM” (Electronic Word of Mouth), o UGC envolve conteúdos gerados pelos usuários, como opiniões sobre o produto ou provas de consumo, como fotos.
Um estudo mostrou que as provas de consumo são quase 2x mais eficientes do que as opiniões (coeficiente de 0,15 vs 0,32).
Esse tipo de conteúdo pode aumentar o Brand Awareness para produtos com decisões de compra mais complexas, como smartphones. Porém, seu impacto é maior para produtos maior para produtos de consumo rápido.
FGUC – Firm User Generated Content
O FGUC ocorre quando as marcas criam conteúdo pré-pronto para os usuários compartilharem. Isso pode incluir textos sugeridos ou campanhas preparadas pela marca, como a campanha das pessoas nas caixas da Barbie. O uso de FGUC aumenta em 5x as chances de compartilhamento
IGC – Influencer Generated Content
Diferente dos conteúdos UGC e FGC, que não aumentam diretamente a intenção de compra, o conteúdo gerado por influenciadores tem um impacto significativo. Ele pode aumentar a intenção de compra (coeficiente de 0,53)
SCRM – Social Customer Relationship Management
O Social CRM envolve a interação das empresas com os clientes nas redes sociais, o que pode ser feito até por comentários. Um estudo mostrou que um dos maiores valores percebidos pelos clientes é a capacidade da marca de gerar interação. Portanto, esse tipo de atividade pode ser extremamente importante para fortalecer o relacionamento com o público.
ALN – Automated Lead Nurturing
O ALN envolve comunicações 1:1 automatizadas após o primeiro contato do cliente, como as réguas de CRM. Um estudo recente mostrou que ele pode aumentar a chance de conversão em até 23%.
Cada tipo de conteúdo nas mídias sociais tem um impacto único. Usar essas abordagens de forma integrada é fundamental para obter melhores resultados.
Mas, de verdade, para que servem os conteúdos em redes sociais?
Não é para ganhar seguidores. As mídias sociais já são o principal canal de descoberta de produtos para 70% das pessoas. Ainda assim, apenas 1% a 7,5% dos clientes de uma marca a seguem. Além disso, só 30% do tempo de feed é gasto com páginas seguidas. Ou seja, seguidores são praticamente uma métrica de vaidade.
Não é para convencer a comprar. Um estudo mostrou que conteúdos em mídias sociais não aumentam diretamente a intenção de compra. Ou seja, fazer pitch de vendas por lá não funciona. Por outro lado, eles aumentam o afeto pela marca. E o afeto, esse sim, leva à consideração de compra.
Para que serve então os conteúdos em redes sociais? Ou seja, mais uma vez, as mídias sociais devem ser usadas para criar um senso de identidade e pertencimento com o consumidor.

Este gráfico , mostra que para marcas estabelecidas fazer conteúdos aprofundados sobre seus produtos dá mais resultado. Enquanto para marcas entrantes, conteúdos mais gerais também podem ser interessantes.